A história do The Game Awards: como o evento se tornou o “Oscar dos videogames”

Poucos eventos na indústria dos games alcançaram o prestígio e a importância do The Game Awards. Criado em 2014, o evento anual tornou-se uma celebração global da cultura dos videogames — um verdadeiro “Oscar dos games”, reunindo prêmios, anúncios de peso e homenagens às maiores produções do ano.

Mas como o TGA chegou a esse status? Vamos revisitar sua trajetória, da ideia original até se tornar um dos eventos mais aguardados do calendário gamer.

Antes de o The Game Awards existir, Geoff Keighley, jornalista e produtor canadense, já sonhava em dar aos jogos o mesmo reconhecimento que o cinema tinha com o Oscar.
Nos anos 2000, ele foi responsável por produzir o Spike Video Game Awards (VGA), transmitido pela TV a cabo norte-americana Spike TV.

Apesar do sucesso inicial, os VGAs começaram a perder credibilidade — com foco exagerado em celebridades e entretenimento, deixando os games em segundo plano.
Em 2013, Keighley rompeu com o formato e decidiu criar algo “feito por quem ama jogos, para quem ama jogos”. Assim, nascia o The Game Awards, que estreou em 2014.

Um evento independente, financiado pela própria indústria

O grande diferencial do The Game Awards desde o início foi sua independência editorial.
Keighley conseguiu financiamento diretamente de gigantes como Sony, Microsoft, Nintendo, EA e Activision, sem depender de emissoras de TV.

Essa liberdade permitiu que o TGA fosse transmitido gratuitamente pela internet — via YouTube, Twitch e plataformas de streaming — democratizando o acesso e alcançando milhões de espectadores ao redor do mundo.

A primeira edição, realizada em Las Vegas, já mostrou o potencial do formato: além da premiação, contou com trailers exclusivos, performances musicais e discursos emocionantes.

O crescimento e os momentos marcantes

De 2014 em diante, o The Game Awards se consolidou como o principal palco de anúncios da indústria.
Empresas aproveitam o evento para revelar novos jogos, mostrar trailers inéditos e até lançar surpresas ao vivo.

Alguns momentos memoráveis incluem:

• A revelação de Sekiro: Shadows Die Twice (2017);

• O anúncio de Joker em Super Smash Bros. Ultimate (2018);

• A vitória histórica de The Last of Us Part II em 2020;

• A surpresa de Elden Ring vencendo Jogo do Ano em 2022;

• E, claro, o icônico discurso de Josef Fares com seu famoso “F*** the Oscars!”, que se tornou meme e símbolo da autenticidade do evento.

Hoje, o TGA ultrapassa 100 milhões de visualizações globais por edição, sendo transmitido em mais de 40 idiomas e com eventos simultâneos ao vivo em cinemas e arenas.

Por que o The Game Awards é o “Oscar dos videogames”

O apelido não é exagero.
Assim como o Oscar premia o que há de melhor no cinema, o TGA celebra as conquistas artísticas, técnicas e criativas da indústria dos jogos — com categorias que vão de Melhor Direção de Arte a Melhor Jogo Indie e Jogo do Ano.

Além disso, o evento também se tornou um ponto de encontro entre mídia, criadores de conteúdo, desenvolvedores e fãs, fortalecendo a noção de que os videogames são uma forma legítima de arte e expressão cultural.

O futuro do The Game Awards

A cada edição, o evento se expande, incorporando novas tecnologias e formatos.
Geoff Keighley já declarou que deseja transformar o TGA em um festival interativo global, com experiências jogáveis e eventos presenciais ao redor do mundo.

Com a ascensão dos jogos em nuvem, IA generativa e experiências multiplataforma, o The Game Awards promete continuar sendo um espelho da evolução da própria indústria — celebrando tanto seus gigantes quanto os criadores independentes.

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E você, qual edição do The Game Awards mais marcou sua memória?
Conte nos comentários e relembre os momentos mais icônicos desse “Oscar dos videogames”!

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