Indústria dos games está migrando para o PC, afirma CEO da Take-Two – e consoles podem mudar para sempre

O mercado de videogames vem passando por transformações profundas, e figuras influentes da indústria têm discutido abertamente para onde esse cenário está caminhando. Entre elas está Strauss Zelnick, CEO da Take-Two Interactive, que compartilhou sua visão em uma recente entrevista ao programa Squawk Box, da CNBC.

Segundo Zelnick, a tendência dominante é clara: cada vez mais jogos e negócios estão migrando para o PC e para ecossistemas abertos, ainda que a experiência tradicional dos consoles continue relevante por muitos anos.

“Os jogos estão indo para os computadores”, diz Strauss Zelnick

Durante a conversa, o executivo explicou que a indústria está avançando em direção a plataformas menos fechadas, o que favorece modelos compatíveis com múltiplos dispositivos — característica central do PC.

“Acho que os jogos estão indo em direção aos computadores e os negócios estão ficando mais abertos do que fechados. Se você definir um console como propriedade, e não como sistema, então a noção de que você pode curtir um grande jogo por muitas horas em uma tela grande nunca vai sumir.”

A fala sugere que Strauss não prevê o fim dos consoles, mas acredita em uma transformação do papel deles na indústria — possivelmente deixando de lado o ecossistema fechado e se aproximando cada vez mais do funcionamento de um computador pessoal.

Apesar do discurso cada vez mais comum de que o mercado de consoles está “enfraquecendo”, a realidade mostra o oposto. O Nintendo Switch original deve ultrapassar o PlayStation 2 em breve, tornando-se o console mais vendido da história.

Já o Nintendo Switch 2, lançado recentemente, está quebrando recordes e registrando o lançamento mais rápido da história dos videogames, reforçando que a demanda por consoles dedicados ainda é gigantesca.

A aproximação inevitável entre consoles e PCs

A indústria também caminha para um cenário de convergência. Um dos fatores é a chegada de novos hardwares “híbridos”, como o novo console da Steam, que promete misturar a experiência tradicional dos consoles com a liberdade e o ecossistema do PC.

Enquanto isso, o próprio mercado de computadores continua crescendo ano após ano, tanto em receita quanto em público — especialmente com o avanço dos jogos multiplayer, mods, streamers e serviços como o Game Pass.

Tudo indica que a fronteira entre consoles e PCs ficará cada vez mais tênue — e é exatamente esse o ponto levantado por Strauss Zelnick.

O que isso significa para o futuro?

Para alguns analistas, a visão do CEO da Take-Two dialoga com movimentos recentes da própria Sony, que tem se aproximado do PC e fala abertamente sobre lançamentos simultâneos entre PlayStation e computadores.

Outros defendem que consoles continuarão existindo, mas de forma mais integrada a sistemas abertos e tecnologias universais.

No fim, a pergunta que resta é:

Você concorda com Strauss Zelnick? O futuro dos jogos realmente está no PC — ou os consoles ainda têm décadas de protagonismo pela frente?

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