Rockstar Games é acusada de demitir funcionários para impedir formação de sindicato
Rockstar Games enfrenta acusações graves após demitir mais de 30 funcionários supostamente envolvidos em discussões sobre sindicalização. Entenda o caso, a resposta da empresa e o impacto na indústria de games.
GAMESNOTICIAS
11/3/20252 min ler


Enquanto o mundo dos games segue de olho nas novidades sobre GTA 6, a Rockstar Games volta aos holofotes por um motivo bem diferente — e polêmico. Segundo uma reportagem de Jason Schreier, do Bloomberg, a empresa demitiu entre 30 e 40 funcionários de seus estúdios no Reino Unido e Canadá, em uma ação que, segundo denúncias, teria o objetivo de impedir a formação de um sindicato interno.
Sindicato acusa Rockstar de “repressão cruel e ilegal”
As informações foram confirmadas pelo sindicato britânico Independent Workers Union of Great Britain (IWGB), que classificou as demissões como “um dos atos mais flagrantes e cruéis de repressão sindical na história da indústria de jogos”.
“Esse desprezo pela lei e pela vida dos trabalhadores que geram bilhões para a empresa é um insulto aos fãs e à indústria global”, declarou Alex Marshall, presidente do IWGB.
De acordo com a denúncia, os profissionais demitidos participavam de um grupo privado no Discord dedicado a discutir condições de trabalho e sindicalização, o que teria motivado a decisão da empresa.
A defesa da Rockstar e o posicionamento da Take-Two
Em resposta, a Rockstar Games negou as acusações e afirmou que as demissões ocorreram por “má conduta grave”, sem qualquer relação com movimentos sindicais. O porta-voz da Take-Two Interactive, Alan Lewis, reforçou o posicionamento da companhia:
“As demissões foram realizadas por má conduta grave e por nenhum outro motivo. A Take-Two apoia integralmente as ambições e a abordagem da Rockstar.”
A empresa não detalhou que tipo de má conduta teria ocorrido, mas a falta de transparência reforçou as suspeitas entre sindicatos e analistas de que a medida pode, de fato, ter um viés antissindical.


A Rockstar Games já vinha sendo criticada por suas políticas internas. Após o vazamento massivo de vídeos de GTA 6 em 2022, a companhia implementou medidas rígidas de segurança e, em 2024, encerrou o trabalho remoto, exigindo que todos os funcionários voltassem ao escritório em tempo integral.
Na época, sindicatos e grupos trabalhistas acusaram a empresa de retroceder em direitos trabalhistas conquistados durante a pandemia, alegando que a decisão visava maior controle sobre a equipe e os projetos.
Impacto na indústria e contexto maior
O caso reacende o debate sobre as condições de trabalho em grandes estúdios de jogos — tema que vem ganhando força desde as denúncias de crunch e assédio em empresas como Activision Blizzard, Ubisoft e CD Projekt Red.
Nos últimos anos, movimentos de sindicalização têm crescido na indústria de games, especialmente no Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, onde trabalhadores de estúdios menores conseguiram se organizar e negociar melhores condições.
Se confirmadas, as acusações contra a Rockstar podem representar um precedente grave de repressão sindical, impactando diretamente a imagem pública da empresa às vésperas do lançamento de GTA 6, um dos jogos mais aguardados da década.
E você, leitor?
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