Enquanto a Nintendo trava sua batalha judicial contra Palworld, a Sony também está em um embate parecido, desta vez contra a Tencent e o jogo Light of Motiram.

Em julho de 2025, a Sony processou a gigante chinesa na Califórnia, alegando que o título é uma cópia descarada de Horizon. Segundo a acusação, a Tencent teria procurado a empresa em 2024 para desenvolver um jogo mobile da franquia, e após a negativa, seguiu por conta própria com um projeto semelhante.

A defesa da Tencent

Agora, a Tencent apresentou seus argumentos, e juridicamente eles têm bastante peso. Primeiro, a empresa questiona a jurisdição da Califórnia, já que a Tencent Holdings não é a desenvolvedora direta do jogo — apenas dona do estúdio responsável. Além disso, a holding está registrada nas Ilhas Cayman e tem sede na China, enquanto o estúdio em si ainda nem foi formalmente acionado.

Outro ponto levantado é que Light of Motiram ainda nem foi lançado — sua estreia está prevista apenas para o fim de 2027, podendo até mesmo ser cancelado. A Tencent pergunta: como é possível infringir direitos autorais de um jogo que sequer existe oficialmente no mercado?

Acusação de hipocrisia

A defesa ainda foi além, acusando a Sony de “hipocrisia” por tentar monopolizar temas já comuns em diversos jogos. Para reforçar esse argumento, a Tencent resgatou uma fala de Jan-Bart van Beek, artista da Guerrilla Games, que citou semelhanças entre Horizon e Enslaved: Odyssey to the West (2013).

Segundo ele, Enslaved também apresentava um mundo pós-apocalíptico, uma protagonista mulher e máquinas que haviam despertado recentemente. Isso fez a própria equipe de Horizon hesitar no início, por parecer “parecido demais”.

Por isso, a Tencent afirma que a Sony está tentando restringir algo que já foi explorado em títulos como Zelda: Breath of the Wild, Far Cry Primal, Biomutant, Outer Wilds, Enslaved e vários outros.

E você, leitor: acha que Light of Motiram é realmente um plágio de Horizon ou a Sony está tentando monopolizar ideias que já fazem parte do gênero?

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