Alguns jogos não envelhecem — eles ficam presos na nossa memória porque conseguiram algo raro: te segurar na ponta do sofá até o último segundo. Until Dawn, lançado em 2015 para o PS4, é exatamente esse tipo de experiência. Mesmo dez anos depois, continua sendo um dos melhores jogos de terror narrativo já feitos, e ainda merece sua atenção.

O clichê que virou obra-prima

No papel, a história parece saída de qualquer filme de terror dos anos 2000: um grupo de adolescentes decide passar um fim de semana em um chalé isolado nas montanhas, um ano após uma tragédia. Parece previsível, né? Mas é aí que o jogo surpreende.
Until Dawn pega esse clichê e transforma em um pesadelo interativo, onde cada detalhe importa — e cada escolha pode ser fatal.

O efeito borboleta

Aqui, não existe decisão “pequena”. Uma fala atravessada, uma reação precipitada ou até uma rota diferente podem mudar tudo. Personagens podem viver ou morrer com base nas suas escolhas, sem aviso. O peso do silêncio é real, e você vai se pegar pensando duas vezes antes de cada decisão.
Esse sistema cria um vínculo único com os personagens, até com aqueles que você jurava odiar (sim, Emily, estamos falando de você).

O clima que gela a espinha

Mesmo anos depois, o visual de Until Dawn continua impressionante. As expressões faciais captam o medo, a tensão e o desespero de forma assustadoramente real. A trilha sonora é sutil, mas certeira, e os sustos, ainda que previsíveis às vezes, funcionam bem.
O maior destaque, no entanto, é a atmosfera: aquele medo psicológico que se instala no silêncio, fazendo você segurar o controle com mais força.

Elenco de peso digno de Hollywood

Parte do segredo está no elenco. O jogo conta com atores de verdade como Rami Malek (Mr. Robot, Bohemian Rhapsody) e Hayden Panettiere (Heroes). As atuações dão vida aos personagens e deixam tudo ainda mais imersivo, como se você realmente estivesse dentro de um filme de terror.

Gameplay simples, mas implacável

Não espere batalhas épicas ou explosões. A jogabilidade se baseia em QTEs, exploração e escolhas. Mas não se engane: mesmo simples, ela é sufocante. Você nunca sabe quando um clique errado pode custar a vida de alguém — e isso é o que mantém a tensão lá no alto.

Sem dúvidas. Until Dawn continua sendo uma experiência única de narrativa interativa, cheia de rejogabilidade. É o jogo perfeito para uma noite escura, sozinho ou com amigos, tentando salvar (ou sacrificar) cada personagem.
Se você curte jogos como The Quarry, Detroit: Become Human ou Life is Strange, essa é uma recomendação obrigatória.

E mesmo que você já tenha jogado, revisitar o chalé pode render novos finais — ou quem sabe, aquela tentativa épica de salvar todos os personagens (boa sorte com isso).

Until Dawn é mais que um jogo: é uma lembrança que volta a te assombrar sempre que você pensa em histórias interativas de terror.

E você, leitor: já conseguiu o final perfeito ou ainda está traumatizado com as suas escolhas?

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