Vale a pena jogar Hades em 2025? Uma viagem ao submundo que nunca envelhece

Será que Hades ainda vale a pena em 2025? Exploramos gameplay, narrativa e legado desse roguelike da Supergiant que continua inesquecível.

GAMESDESTAQUE

9/20/20254 min ler

2020 foi um ano difícil. Para muitos, os jogos foram um refúgio — e Hades surgiu nesse contexto como uma fagulha poderosa no meio do caos. Criado pela Supergiant Games (responsável por Bastion, Transistor e Pyre), o jogo não só impressionou a crítica como conquistou uma legião de fãs apaixonados.

Foi considerado por muitos o melhor roguelike já feito, e não apenas por suas mecânicas refinadas. Ele mostrou que esse gênero, muitas vezes visto como punitivo e repetitivo, poderia ser também profundamente humano e narrativo.

Cinco anos se passaram. Jogos vieram e foram. Mas Hades continua sendo mencionado, recomendado e lembrado. Surge então a pergunta inevitável: em 2025 ainda vale a pena atravessar o submundo com Zagreus?

Jogabilidade: um ciclo viciante que envelhece como vinho

Uma das maiores forças de Hades é como ele transforma repetição em descoberta.

  • Combate fluido e estratégico: Cada arma de Zagreus tem personalidade própria. Usar a lança é completamente diferente da brutalidade dos punhos ou da elegância da espada Estígia.

  • Bênçãos dos deuses: As “boons” tornam cada run única. Dionísio pode encher a tela de efeitos de veneno enquanto Ares transforma seus ataques em cortes devastadores. O jogo incentiva experimentação.

  • A morte não é derrota: Poucos jogos conseguem fazer o jogador sorrir ao morrer. Mas aqui, voltar para a Casa de Hades significa diálogos novos, recompensas e a chance de planejar uma nova fuga.

Mesmo com a enxurrada de roguelikes que surgiram depois, poucos alcançaram esse equilíbrio tão preciso entre desafio, recompensa e narrativa integrada ao gameplay.

Uma narrativa que resiste ao tempo

O coração de Hades não está apenas nos combates, mas na sua história contada aos poucos, dentro do loop.

Zagreus, filho de Hades, não luta apenas para escapar do inferno. Ele luta para encontrar sua verdade, entender sua família e construir sua própria identidade. Esse é um ponto que torna o jogo atemporal: é sobre questionar as expectativas que o mundo — ou, nesse caso, os deuses — colocam sobre você.

Cada personagem tem camadas:

  • Nyx, que guia Zagreus com doçura e mistério.

  • Thanatos, a personificação da morte que mistura rivalidade e carinho.

  • Perséfone, cuja ausência move toda a trama.

Esses diálogos, por mais sutis que sejam, criam conexões emocionais que fazem cada tentativa valer a pena. E isso, em 2025, continua tão impactante quanto no lançamento.

Vale a pena antes de Hades 2?

Com Hades 2 prestes a chegar, a pergunta “preciso jogar o primeiro?” aparece bastante. A resposta não é apenas “sim” — é um convite.

Jogar Hades antes da sequência é mergulhar nas fundações desse universo. É como assistir a primeira temporada de uma série antes de ver a segunda: você entende melhor o peso das relações, o papel dos deuses e a importância da jornada de Zagreus.

Além disso:

  • Você terá contato com a base de jogabilidade que será expandida.

  • Vai perceber as pequenas pistas e ganchos que a Supergiant deixou para o futuro.

  • E vai viver uma experiência que, mesmo sozinha, já é completa e memorável.

Hades não é apenas um jogo — é um fenômeno cultural. Ele ganhou prêmios, inspirou debates e entrou na lista dos melhores jogos da década em inúmeros sites e canais.

Ele mostrou que roguelikes podem emocionar tanto quanto grandes RPGs narrativos. Inspirou outros desenvolvedores a explorar o gênero com mais profundidade, mas ainda não foi superado em sua fórmula. Em 2025, rejogar Hades é também revisitar um marco dos videogames, um daqueles títulos que você recomenda sem pensar duas vezes para alguém que ama jogos.

Cinco anos depois, a magia de Hades não se apagou. Pelo contrário: continua forte, viva e mais relevante do que nunca, especialmente às vésperas da chegada de sua continuação. Seja você um novato curioso ou alguém que perdeu o hype inicial, a resposta é clara: sim, vale a pena jogar Hades em 2025.

Ele é mais do que um jogo: é uma experiência que mistura desafio, emoção e mitologia em uma obra que já se tornou eterna. E, talvez, seja justamente isso que faz de Hades uma viagem ao submundo que nunca envelhece.

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