7 Jogos com Finais Inesquecíveis — E Por Que Eles Marcaram Uma Geração
Descubra sete jogos com finais realmente inesquecíveis e entenda por que essas histórias marcaram jogadores no mundo inteiro. Uma análise profunda sobre narrativa, impacto emocional e construções que ficam na memória.
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11/17/20254 min ler


Alguns jogos são bons. Outros são ótimos. Mas existe uma categoria rara, especial, quase mística: a dos jogos que terminam e deixam um vazio — aquela sensação de que você presenciou algo maior do que a própria obra. São finais que ecoam anos depois, que moldam debates, inspiram teorias e mudam o jeito como nos relacionamos com narrativas interativas. Eles não apenas encerram uma história; eles nos transformam como jogadores.
A seguir, vamos explorar sete jogos cujo desfecho entrou para a história. Mais do que relembrar o que acontece, vamos entender por que esses finais foram tão marcantes e como eles se tornaram símbolos de uma evolução narrativa nos videogames.


1. The Last of Us — Quando o Certo e o Errado Viram Conceitos Nebulosos
Poucos finais dividiram tanto o público quanto o de The Last of Us. A decisão de Joel, movida por amor, desespero e egoísmo, trouxe um peso quase literário para os videogames. Ele não salva apenas Ellie; ele condena o mundo. E o mais doloroso é que, ao mesmo tempo, o jogador entende perfeitamente o motivo. O jogo termina deixando uma pontada no peito — porque sabemos que o gesto que sela o final não é heroico nem monstruoso, mas profundamente humano.


2. Red Dead Redemption — O Preço da Redenção Total
John Marston passa o jogo inteiro tentando escapar do passado. Ele luta, sangra e se arrepende honestamente de tudo o que fez. Mas o mundo criado pela Rockstar não é misericordioso. Quando John decide cumprir seu destino para proteger sua família, o jogador testemunha uma das mortes mais emblemáticas do videogame. O final é impactante porque revela uma verdade amarga: às vezes, redenção não salva ninguém. Apenas dá sentido ao sacrifício.


3. Shadow of the Colossus — Quando a Jornada Revela o Verdadeiro Vilão
A princípio, Wander parece um herói disposto a tudo para salvar alguém que ama. No entanto, quando o jogo termina, o jogador percebe que estava participando de algo trágico desde o início. Cada colosso derrotado cobra um preço, e a reviravolta final muda completamente o significado da jornada. É um final inesquecível porque subverte a própria estrutura dos jogos de aventura, nos lembrando de que nem sempre somos os mocinhos da história que jogamos.


4. Bioshock — A Revelação Que Redefiniu a Narrativa em Games
“What is a man but a slave to a god?” é apenas uma das frases marcantes de Bioshock, mas nada supera a revelação de “Would you kindly?”. Quando o jogador percebe que foi manipulado o tempo inteiro, o impacto é devastador. A revelação não serve apenas como twist; ela questiona diretamente o papel do jogador na experiência. É um final poderoso porque rompe a quarta parede de um jeito brilhante e desconfortável.


5. Journey — O Final Que Não Precisa de Palavras
Journey não é um jogo guiado pela lógica tradicional, e seu final também não é. A conclusão é uma verdadeira experiência sensorial e emocional. Quando o personagem faz sua última ascensão e o jogador percebe o significado simbólico da jornada inteira, o jogo se transforma em algo poético. É o tipo de final que se sente mais do que se entende — e talvez por isso mesmo seja tão inesquecível.


6. Nier Automata — A Desconstrução do Próprio Ato de Jogar
Nier Automata não termina uma vez — ele termina várias. E cada final desmonta camadas da narrativa, até revelar um desfecho que envolve destruição, esperança e sacrifício. A genialidade está no último ato, quando o jogo pede que você escolha entre manter seu progresso ou apagá-lo para ajudar um desconhecido. É uma mensagem poderosa sobre empatia e sobre como os jogos podem ir além da narrativa tradicional para tocar algo profundamente humano.


7. Dark Souls — O Final Que Nos Obriga a Interpretar
Diferente dos outros jogos desta lista, Dark Souls não entrega uma conclusão fechada. Ele oferece duas possibilidades — reacender a chama ou deixá-la morrer — mas nenhuma é explicitamente certa ou errada. O final é inesquecível justamente porque deixa a interpretação nas mãos do jogador. Ele nos obriga a refletir sobre sacrifício, ciclos e propósito. E é essa ambiguidade que faz o final permanecer ecoando muito tempo depois da jornada terminar.


Por Que Esses Finais São Tão Memoráveis?
Todos os jogos desta lista têm algo em comum: eles entendem que um final não existe apenas para encerrar uma história. Ele serve para provocar, para deixar perguntas, para mudar percepções. São finais que se sustentam porque respeitam a inteligência do jogador e apostam no impacto emocional, não apenas no espetáculo. Eles elevam o videogame do entretenimento puro para algo mais próximo da literatura e do cinema — uma forma de arte que nos atravessa.
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